* PERGUNTA 4

4. COMO SE DEU, PARA VOCÊ DE MODO PARTICULAR, A PASSAGEM DO PRESENCIAL PARA A EXPERIÊNCIA DE CANTAR ONLINE? NAIDE: No início foi muito, muito difícil. Sentia falta da parceria. ELZA: Ingressei no Coral na última aula de dezembro de 2019. Minha experiência com aulas presenciais é pouquíssima. Mesmo assim, sinto falta de ouvir as colegas. ZENIRA: Cantar online, no começo foi muito difícil. Parecia impossível cantar sem o apoio da colega ao nosso lado, ouvir a sua voz. Aos poucos, com o apoio do nosso Regente Luciano, da nossa Técnica Vocal Regina e, também, das colegas, os resultados estão surgindo. MIRIAM: Cantar sozinha foi difícil, por não ter ninguém ao lado a quem recorrer em momentos de insegurança. Mas o desafio precisava ser superado, pois um recomeço após 1,5 ano sem o canto, seria quase impossível. CÉLIA: As reuniões/ensaios presenciais traziam uma interação entre o grupo como um todo, que o mundo digital não consegue alcançar. A transição sem aviso precedente, do mundo real para o virtual, foi um grande sofrimento. Primeiro, foi um estranhamento, pois o desconhecimento das ferramentas digitais de reunião era completo. Mas, aos poucos, consegui ir me familiarizando com este mundo desconhecido. Além disso, houve a questão de ouvir a minha própria voz gravada. Foi um choque. No primeiro momento, achei que seria impossível chegar a um resultado satisfatório. Também houve a questão de cantar sozinha. Ficava muito distante do que eu estava acostumada. Ser avaliada em grupo é muito diferente de ser avaliada sozinha. Na questão da tecnologia, eu sempre pude contar com a ajuda de um sobrinho bem jovem, o que foi uma grande vantagem. Agora, penso que os encontros e ensaios presenciais são ótimos e eu espero que voltem logo, mas, a dinâmica do mundo virtual também tem seus pontos altos e seria ótimo se fossem mantidos. O conhecimento da própria voz e o compromisso de desempenhar a sua parte, e a possibilidade de encontros informais sem deslocamento, no conforto da própria casa, acho que são grandes contribuições para o canto coral e para o fortalecimento dos grupos. CLÁUDIA: Em vários momentos do primeiro trabalho pensei em desistir de achar que não ia conseguir. Porém vendo as colegas tão determinadas para realizar o vídeo que segui em frente. Foi, e ainda é, muito gratificante ver o trabalho pronto e o esforço recompensado. Outra experiência incrível foi escutar a minha voz gravada. Não tinha consciência de tantos erros!!! MARIA HELENA: Mãos na cabeça e uma pergunta desesperada: "E agora?" E meu povo responde, "é a única saída!" Foi bem difícil, no início, sofrido, dominar tecnologia, outra Era. Não atinava onde estaria o prazer e a alegria, num sem-fim de erros e repetições. Tive que me ouvir e me reconhecer, quando só o que estava acostumada a ouvir era um coral inteiro. Não tinha noção da minha parte nesse corpo. DULCE: “Não vou cantar, fico um ano sem, me nego a cantar para um aparelho".... Não durou uma semana, mas cantar sozinha, ouvir só a minha voz foi assustador; não tinha mais as colegas para encobrir as derrapadas. Compartilhar a minha insegurança, reconhecer as limitações, sentir o entusiasmo do grupo e receber tanto incentivo dos mestres foi o que me fez acreditar que podíamos. ÁGUIDA: Foi um impacto bastante forte e exigiu esforço e coragem de minha parte para assimilar as novas formas de trabalho. O fato de passar a ouvir a minha voz e ver a minha imagem em áudio e vídeo provocou momentos de insegurança, ao mesmo tempo em que, superando progressivamente esse medo, foi-me concedendo firmeza e desenvoltura sob muitos aspectos. No entanto, o trabalho presencial é essencial pelo calor humano, a troca de energia e também apresenta vantagens, em termos técnicos e sonoros, que a produção virtual não consegue substituir. ANA: Considerando que o fator mais marcante da pandemia para nós foi o cancelamento dos encontros presenciais, o que prevenia a propagação do vírus, isto provocou o advento dos encontros virtuais. Para mim, particularmente não muito chegada às tecnologias virtuais, foi um desafio que exigiu, além de força de vontade, o auxílio de familiares mais capacitados no uso dos recursos do computador, celular e da fotografia. Com o avanço no manuseio da tecnologia fui me sentindo “realizada” pois podia rever as colegas, os professores, participar de reuniões e gravar cantos e vídeos “on line”. Outros aspectos que me marcaram na prática nos ensaios não presenciais foram, a preparação individual da voz, a necessidade mais frequente de cantar e a realização das gravações de forma solitária. Todo o trabalho dependia de minha auto-avaliação antes de submetê-lo à crítica dos professores. Passou-se a exigir maior dedicação e qualidade nas produções. VERA: No início, foi muito difícil. Eu não levei muito a sério. Parecia que eu estava ouvindo rádio com as músicas do meu tempo de juventude. Cantava toda a canção como eu a conhecia. Aos poucos, fui me conscientizando e passei a cantar como uma cantora de coral… a minha parte de mezzo. Mas sinto falta das minhas colegas ao meu lado, dos olhares de cumplicidade que trocamos com outras que não são do nosso “naipe”. Das entradas que o regente dá, do vocalize…

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